sábado, 5 de outubro de 2013

leiam do bispo manoel ferreira

Bispo Manoel Ferreira

24 de agosto de 2013 - 9:00

Ingratidão no banco dos réus


GPS Gospel
Foto: Divulgação Foto: Divulgação
Deus nos ama, não pelo que nós somos, mas pelo que Ele é. Amós 2 : 06 – 11 descreve as providências do grande amor de Deus pelos israelitas, apesar de seus repetidos pecados – Isaías 64 : 06 e Tito 3 : 05.
Entre as manifestações do amor de Deus por seu povo, Deus faz lembrar a redenção da nação israelita – Amós 2 : 10. Redenção é resgate. E resgatar é comprar e pagar o preço do que já é de propriedade do comprador e, por qualquer razão, foi usurpado do proprietário. O resgatador paga o preço e promove a reintegração de posse. Em várias ocasiões e de muitas maneiras, Deus tem provado sua redenção pelo homem, inclusive Deus cita o fato de que resgatou Israel do cativeiro egípcio, tirando-o com braço forte das garras de faraó. O Egito  é o símbolo do cativeiro do pecado, dentro do qual a humanidade está presa – João 8 : 34; Efésios 2 : 02 e 03. Somos Igreja de Jesus Cristo porque Ele pagou alto preço e nos resgatou das garras de satanás, que havia usurpado o ser humano das mãos do Criador, quando Adão e Eva, como representantes da raça humana, deram procuração a satanás, autorizando essa usurpação – 1 Coríntios 6 : 20; Colossenses 1 : 13; 1 Pedro 1 : 18 e 19.
Verdadeiramente, após quatrocentos e trinta anos, Deus libertou a nação israelita do Egito – Êxodo 20 : 02; Deuteronômio 10 : 15. Ato contínuo, Deus separou o povo de Israel e fez com ele uma aliança – Gênesis 7 : 07 e 19; Êxodo 4 : 22, 6 : 07, 12 : 33, 14 : 13, 14, 30 e 31, 20 : 02, 33 : 16; Amós 7 : 07 e 08.
A partir da redenção do povo de Israel, arrancando-o com braço forte das garras de faraó, em todas as ocasiões que se faziam necessárias, Deus ia promovendo a libertação desse povo, dando-lhe vitória sobre seus inimigos – Amós 2 : 09 e 10. Após conceder vitória a Israel durante quarenta anos de jornada pelo deserto, Deus concedeu vitória sobre os heteus, heveus, jebuseus, amorreus, perizeus e outros povos entre os cananeus. Números 13 : 22, 32 e 33 e Deuteronômio 1 : 28 nos informam que os amorreus eram a nação mais poderosa entre os cananeus: altos como cedros e fortes como os carvalhos, o que confirma o relatório dos espias no que concerne a aparência exterior. Arrancando todos esses povos pelas raízes e expulsando-os de sua terra, Deus promoveu a posse da nação israelita nas terras de Canaã. Se algumas nações lá permaneceram e, posteriormente, têm criado sérios problemas sobre o povo de Deus até hoje, foi por própria culpa dos israelitas que permitiram aqueles povos lá permanecerem – Juízes 2 : 01 – 04.
Em Amós 2 : 10, o profeta se refere ao grande amor de Deus pela nação israelita, promovendo a preservação nacional. Deus revela uma providência especial: pão, água, vestes, direção, proteção e livramento. Deus conduziu o povo de Israel, perdoando seus pecados – Deuteronômio 8 : 04, 29 : 05; Isaías 63 : 08 – 10.
Em Amós 2 : 11, o grande amor de Deus é acentuado, referindo o profeta ao privilégio da nação israelita. Entre os privilégios da nação israelita, do meio deste povo escolhido, Deus levantou profetas e nazireus autóctones, sem que tivesse que buscá-los dentre outras nações. Deus confronta seu povo, desta maneira: “não é isso assim ?”. Em outras palavras, Deus está declarando que esse fato é claro e patente diante de todos, sem nenhuma possibilidade de contestação.
Em Amós 2 : 12 o profeta lança em rosto a ingratidão da nação israelita, mesmo com todas as provas do grande amor de Deus por esse povo. Israel não quis nem o exemplo das vidas santas e nem a declaração da verdade. Os pecados de Israel eram mais graves do que os pecados dos pagãos, porque Israel tinha a revelação de Deus. Paulo reclamou isso em Romanos 9 : 01-05 e 2 Coríntios 11 : 26.
Considerando o grande amor de Deus pela nação israelita e as constantes manifestações de ingratidão desse povo contra Deus, somos advertidos em Amós 2 : 13 – 16 e em Provérbios 14 : 34 que o juízo de Deus contra seu povo é inescapável. Dentro dessa ênfase, lembremo-nos de que a atual Igreja de Cristo é o Israel de Deus e, se o juízo de Deus sobre a nação israelita sempre foi e continua sendo inescapável, qual é o juízo de Deus contra sua Igreja atual e como escapar desse juízo divino ? – Isaías 43 : 12 e 13; Malaquias 4 : 01 e Hebreus 10 : 31. A História é a arena dos conflitos espirituais e morais, acarretando suas desastrosas conseqüências.
No contexto da nação israelita nos tempos de Amós, como providência do juízo divino sobre Israel, a Assíria teria que vir em 722 a.C. com Sargão II. O juízo pode dar a impressão de ser demorado, mas certo é que ele não falha.
Em Amós 2 : 14 – 16 o profeta declara que, diante do juízo de Deus, a fuga é impossível – Hebreus 2 : 03; Apocalipse 6 : 15 – 17.
O cerco à nação israelita e a fuga impossível pareciam um devaneio de Amós, pois todo Israel se sentia estável e em paz sob o governo de Jeroboão II. Como aparece esse profeta, como “forasteiro doido”, visto que Jeroboão II inspirava competência futura a Israel e ninguém previa colapso ?
Vale reafirmar, palavra por palavra, as declarações do profeta em Amós 2 : 14 – 16: “De nada valerá a fuga ao ágil, o forte não usará a sua força, nem o valente salvará a sua vida. O que maneja o arco não resistirá, nem o ligeiro de pés se livrará, nem tampouco o que vai montado a cavalo salvará a sua vida. E o mais corajoso entre os valentes fugirá nu naquele dia, disse o Senhor”.
Toda a humanidade, com profunda tristeza e preocupação, tem assistido e até mesmo participado da história de guerras, através dos séculos e milênios, que envolvem a nação israelita, como resultado do juízo de Deus, pela rejeição de Israel às manifestações do grande amor de Deus e, principalmente, pela rejeição a Cristo – Mateus 27 : 25; Lucas 13 : 34 e 35. As igrejas do Senhor Jesus Cristo se nos parecem bem acomodadas e tranqüilas, transmitindo a impressão de que não estão preocupadas, quanto a futuras providências do juízo divino sobre seu povo, como se apenas a nação israelita tivesse que sofrer, como resultado de suas ingratidões a Deus. O que poderá acontecer futuramente, como resultado das constantes ingratidões da Igreja ao nosso Deus ?!
Que Deus nos ilumine, nos ensine como nos comportar diante de Deus e nos guarde, ao encararmos o juízo de Deus !!!

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